Preservativo feminino mitos, verdades e como usar

Camisinha feminina mais um meio contraceptivo e ao mesmo tempo de proteção aos parceiros contra doenças sexualmente transmíssiveis

31/07/2012 20h07m. Atualizado em 09/01/2021 12h17m por:

 

Já estamos cansadas de saber como éramos discriminadas em décadas atrás. Mesmo assim, não custa nada ter uma prévia e ver como avançamos.
Na época de nossos avós e bisavós, a mulher era criada única e exclusivamente para ser uma boa dona de casa, boa esposa e mãe dedicada. Casar com a pessoa amada? Raridade.

O negócio mesmo era ser prometida pelo pai desde criancinha a um cara cheio de grana e casar com ele. Afinal, bom marido naquela época era o que tinha o bolso mais gordo (é, nesse quesito algumas coisas não mudaram. A função era reproduzir e mais nada. Trabalhar era algo inimaginável para mulheres que naquela época deveriam viver para servir marido e filhos.

Preservativo feminino

O tempo passou e os avanços chegaram. Hoje, a figura feminina está em todo lugar, até mesmo na presidência da república. Hoje, somos donas de nosso próprio nariz e isso inclui a liberdade para casar ou não, trabalhar fora ou não e ter ou não ter filhos. Foi aí que surgiram os métodos contraceptivos, verdadeiro marco na independência feminina.

Se antes a mulher deveria dar um filho ao marido o mais rápido possível, hoje somos nós quem decidimos se vamos, quando vamos e como seremos mães. A cada dia mais e mais mulheres optam pela independência plena e adiam ao máximo o sonho da maternidade.

Tudo começou com a pílula e agora, mesmo com tantas gestações precoces, o que não faltam são métodos contraceptivos, são: preservativos, pílula, DIU, adesivo anticoncepcional, injeções de hormônios que inibem a ovulação e, a não tão conhecida mas, tão eficaz quantos os outros métodos: preservativo feminino.

Confesso a vocês que acho bem estranho aquela coisa enorme e muito mais, imaginar que aquilo deve ser inserido dentro da mulher. Acho que esse é o maior ponto de “estranheza” do método. Mas, o preservativo é uma forma de proteção hiper segura e, infelizmente, pouco divulgada. Se depender do SUS, isso vai mudar; a previsão é que até o fim de 2012, sejam disponibilizadas 20 milhões de unidades de camisinha feminina nas redes públicas.

Legal, mas, antes de mais nada, precisamos ser informados de forma clara e direta sobre como usar a dita cuja( preservativo feminino), concordam?

“O maior risco é o da falsa proteção, ou seja, ela pensar que está usando da maneira correta quando na verdade não está”, alerta a ginecologista Vera Fonseca, diretora administrativa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Disse tudo doutora! Aliás mulheres, vamos dar uma olhada no que é realmente verdade quanto ao uso de preservativo feminino e o que não passa de história?

Dúvidas sobre o preservativo feminino

1)A colocação é complexa?
MITO. A médica explica que o preservativo feminino deve ser colocado da mesma forma que um diafragma ou absorvente interno. Usando o preservativo feminino prevenimos o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.

VERDADE. Além disso, esse tipo de preservativo oferece maior proteção em casos de herpes e HPV por proteger uma área maior de contato genital, como os grandes lábios, por exemplo.

2)Fico completamente protegida contra a gravidez.

MITO. Nenhum método contraceptivo atinge a taxa máxima de proteção contra gravidez. Mesmo que pequena, a possibilidade ainda existe.

3)Perdemos mais sensibilidade que com os preservativos masculinos.

VERDADE. Uma pequena perda de sensibilidade.

4)Preservativo feminino NÃO é reaproveitável

VERDADE

5)O uso do preservativo feminino não pode ser associado ao do masculino.

VERDADE. Um ou outro. O atrito em os dois métodos causa o rompimento de um ou ambos;

6)A mulher não pode usar o preservativo sem recomendação médica.

MITO. Somente em casos de irritação ou alergia, aí sim você deve procurar o médico;

7)O preservativo feminino dá mais autonomia à mulher.

VERDADE!! Se antes nos sentíamos meio que “reféns” do parceiro que não queria se prevenir , agora podemos tomar as rédeas da situação e impor nossa vontade, dialogando o assunto antes.

E aí, esclareçam as dúvidas? Sinceramente, continuo achando o uso da camisinha feminina ainda é estranha! E vocês?

Sobre o autor:

Vandeni Navarro

Vandeni Navarro

Formada em pedagogia pela UNITAU, especializou-se na área de crianças especiais. Mãe de dois filhos, atualmente dedica-se ao blog e a família.
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