Sindrome do ovário policístico: causas, diagnóstico e tratamentos

A síndrome do ovário policístico é considerada a principal causa de infertilidade.

13/08/2014 15h16m. Atualizado em 14/08/2014 12h08m por:

 

ovário policísticoHoje vamos abordar a sindrome do ovário policístico, sendo que a causa exata da doença é desconhecida. Mas vale lembrar que o diagnóstico e o tratamento precoces podem reduzir o risco de complicações  que podem vir a longo prazo, como diabetes tipo 2, doenças cardiacas, como também infertilidade. Os ovários são órgãos situados ao lado do útero, caracterizados pela presença de folículos que armazenam os óvulos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino.

Os ovários também são responsáveis pela produção de alguns hormônios sexuais femininos, o estrogênio e a progesterona, além de hormônios andrógenos, que são considerados hormônios masculinos, e que nas mulheres estão presentes em uma quantidade muito menor.

Esta produção de hormônios é fundamental para o amadurecimento do óvulo, que é lançado no útero durante o ciclo menstrual, no período da ovulação.

A síndrome do ovário policístico

E a síndrome do ovário policístico é uma doença que causa uma alteração nesta produção hormonal, gerando assim um desequilíbrio que impede o amadurecimento dos óvulos de forma regular durante o ciclo menstrual, e que pode causar o aparecimento de pequenos cistos nos ovários e até mesmo a infertilidade.

Esta alteração é relacionada com uma produção irregular de hormônios andrógenos da mulher, que acabam causando um desequilíbrio em todos os níveis hormonais. Desta forma os óvulos não amadurecerem e ficam duros e espessos, formando assim pequenos cistos nos ovários.

A doença também é conhecida por outros nomes, como doença cística do ovário, anovulação crônica hiperandrôgenica, e síndrome de Stein-Leventhal.

Sindrome do ovário policístico

Sindrome do ovário policístico esta relacionado diretamente a infertilidade feminina.

Sintomas da síndrome do ovário policístico

Os sintomas da síndrome do ovário policístico costumam aparecer entre mulheres de 20 a 30 anos, mas a doença pode se iniciar logo que a mulher tem sua primeira menstruação, principalmente se houverem casos da doença em sua família.

E dentre os sintomas que a doença causa destacam-se:

• Falhas na menstruação, com alguns ciclos regulares seguidos por vários ciclos irregulares, que podem ser leves ou intensos;
• Períodos menstruais bem espaçados, onde a mulher acaba ficando menstruada poucas vezes no ano;
• Presença de pequenos cistos nos ovários;
• Aumento do acme;
• Desenvolvimento de características sexuais masculinas, como o aumento de pelos no rosto, peito e abdômen; mudança no timbre de voz; redução do tamanho das mamas; rareamento dos cabelos; e em raros casos hipertrofia do clitóris;
• Infertilidade.

Sindrome do ovário policístico 1

Diagnóstico da síndrome do ovário policístico

Quando aparecem estes sintomas, e em casos da doença relatada na família é importante marcar consulta com o ginecologista, que irá solicitar exames laboratoriais, exame pélvico e também ultrassom transvaginal, para detectar o quanto antes a doença. Em alguns casos pode ser realizada uma laparoscopia pélvica para observar com mais detalhes se há a presença dos cistos, e até mesmo uma biópsia da região para avaliar o grau da doença.

Sindrome do ovário policístico  2

Ovário policístico tem ligação com alimentação

Tratamento da síndrome do ovário policístico

E o tratamento da síndrome do ovário policístico é feito de acordo com os sintomas que a mulher esteja sentindo, e podem ser feitos com o uso de medicamentos para regular a produção hormonal, como as pílulas anticoncepcionais, ou mesmo com o uso de remédios que fazem o óvulo amadurecer e ser liberado.

Em alguns casos pode ser feita uma pequena cirurgia laparoscópica na região pélvica, para remoção de uma seção do ovário ou mesmo para tratar a ausência da ovulação.

O aumento de peso e a diabetes são outros fatores que estão relacionados com a doença, pois podem agravar seus sintomas, sendo assim, reveja sua alimentação. E em muitos casos o controle deles ajuda a diminuir e até reverter à síndrome, dependendo do grau em que ela se encontra.

Sobre o autor:

Vandeni Navarro

Vandeni Navarro

Formada em pedagogia pela UNITAU, especializou-se na área de crianças especiais. Mãe de dois filhos, atualmente dedica-se ao blog e a família.
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