Quimioterapia na Gravidez

Pesquisadores descobriram que mulheres grávidas que estão com câncer, podem fazer uso da quimioterapia sem prejudicar o bebê devido a proteção que a placenta exerce.

13/09/2012 23h46m. Atualizado em 09/04/2013 00h15m por:

 

Quimioterapia na GravidezTratamento de câncer na gravidez pode ser feito, segundo estudo a placenta consegue bloquear 80% do medicamento quimioterápico, impedindo que afeta o bebê. Toda grávida, assim como sua família, sonham com 9 meses de gestação tranquilos e destinados exclusivamente aos preparativos para a chegada do bebê.

Por isso, quando algum tipo de sintoma ou doença acomete a gestante, é natural que todos fiquem ainda mais preocupados. Pudera, sabemos que tudo que afeta a mãe é facilmente transmitido ao feto.

Um simples resfriados e até mesmo um dorzinha na perna requer cuidado e atenção redobrado durante o tratamento  de câncer durante a gravidez, visto que, nem todo medicamento pode ser usado, assim como alguns procedimentos devem ser analisados. Sabendo disso, não é de se admirar o estado emocional da futura mamãe que descobre o diagnóstico devastador de um câncer em plena gestação.Quimioterapia na Gravidez?

Quimioterapia na Gravidez

Sabemos que atualmente o tratamento mais “potente” no combate ao câncer é a quimioterapia, procedimento invasivo e causador de inúmeros efeitos colaterais, dentre eles a queda de cabelo, enjôos, dores…Imagina isso durante a gravidez? Nem em sonho! Mas,uma pesquisa recente realizada por cientistas do Hospital da Universidade de Leuven, na Bélgica, têm sugerido que a quimioterapia na gravidez parece não ser tão assustadora para o feto quanto se imagina. Aliás, grávidas tratadas com drogas quimioterápicas, segundo os pesquisadores, não tiveram seus bebês prejudicados. O que faz mal é adiantar o parto para evitar que sejam submetidos ao tratamento de quimioterapia que a mãe necessita.

“Os dados sugerem que as crianças sofrem mais com a prematuridade do que com a quimioterapia pré-natal”, esclareceu Frederic Amant, oncologista ginecológico do Hospital da Universidade de Leuven, na Bélgica,líder da pesquisa e que teve suas descobertas apresentadas no Congresso Europeu Multidisciplinar de Câncer (EMCC), em Estocolmo, na Suécia

Segundo Frederic, os resultados mostram que grávidas com câncer não precisam se submeterem ao aborto ou mesmo atrasar o tratamento quimioterápico para depois do primeiro trimestre de gestação. O médico somente frisou que devem ser evitados os partos precoces, que devem ocorrem apenas em casos extremos.

Câncer em Grávidas

2.500 a 5.000, essa é a estimativa de mulheres grávidas na Europa, diagnosticadas com câncer a cada ano. Diagnóstico duplamente traumático já que a futura mãe teme por sua própria vida e pelos danos que o tratamento de câncer pode causar a seu bebê. É por conta disso, o médico conta que muitas mulheres decidem interromper sua gravidez. Mesmo sem saberem dos riscos que o tratamento causa ao feto, elas acreditam que seja prejudicial. Além disso, o pesquisador esclarece que muitos médicos, por vezes, aconselham suas pacientes a adiarem o tratamento do câncer ou induzir o parto precocemente, segundo ele, com 32 semanas de gestação.

De acordo com as descobertas Frederic Amant, ambos os conselhos são totalmente descabidos se a quimioterapia na gestação ocorrer após as 12 a 14 semanas , uma vez que apenas uma parte dos medicamentos atravessa a placenta e atinge o feto (a placenta consegue bloquear 80% do medicamento quimioterápico). É por isso que a quimioterapia na gravidez parecem não ter nenhuma influência no desenvolvimento dos bebês.

É uma ótima e intrigante notícia, não? De qualquer forma, é um assunto muito delicado e precisa ser discutido com calma com seu obstetra, viu mamãe?

Sobre o autor:

Vandeni Navarro

Vandeni Navarro

Formada em pedagogia pela UNITAU, especializou-se na área de crianças especiais. Mãe de dois filhos, atualmente dedica-se ao blog e a família.
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